"Se não mudar, o Flamengo não briga pelo título. Está difícil de montar um time, e para ganhar o Brasileirão é preciso ter plantel. Acho que a equipe não começou bem, está com time indefinido. Por não ter plantel, quando há lesão o Flamengo sofre. Hoje, eu não colocaria como candidato ao título", afirmou Zico.
O dirigente pensa diferente: "Com uma ou duas contratações bem feitas na janela que possam ajudar bastante o elenco, o Flamengo vira candidato ao título. E se ficar todo mundo do jeito que está, acho que nosso time não fica a dever aos outros do Brasil."
Wallim é daqueles cujos olhos brilham ao lembrar da geração de Zico. Mas sabe que hoje a realidade é outra. E é na situação atual do futebol brasileiro que o vice de futebol busca o parâmetro para avaliar o grupo montado por ele:
"Uma coisa é você comparar o Flamengo de agora com o de 1981, outra coisa é comparar com os outros times do campeonato. O Cruzeiro é o atual campeão e está em situação difícil na Libertadores. O Atlético-MG, campeão sul-americano, também. O futebol está muito equilibrado."
Assim como Zico, Wallim veste a camisa da sinceridade. O vice de futebol admite que gostaria de ver o Flamengo mais forte, embora reitere sua confiança no elenco. Ele lembra que o clube passa por um período de arrocho financeiro, mas usa o título da Copa do Brasil como referência para corroborar sua opinião de que o Rubro-Negro pode, sim, brigar pela ponta:
"Óbvio que o time que nós temos hoje não é o dos nossos sonhos. Mas a gente vem construindo um time desde o início de 2013. Temos vários jogadores machucados. No ano passado, não teríamos substitutos. Este ano, temos mais opções. Enfrentamos limitações financeiras, mas os jogadores mostraram no campo que são capazes."